Escritos

Amor é muito mais que um mero sentimento usualmente subestimado, e confundido com sexo. Amor é muito melhor que prazeres, porque vai além de um simples prazer.
Porque amor só é real quando compartilhado. Quando é recíproco, quando existe dos dois lados, mesmo que em intensidades diferentes. Fora isso, não passa de uma ilusória aspiração... De uma incerteza solitária...
O amor traz alegrias que só são compreendidas por quem está apaixonado. Alegrias nas pequenas coisas. A graça nos detalhes, em simples gestos e palavras, que passam a fazer todo o sentido e dizem além de seu primeiro significado.   
O amor é gostar de estar perto (junto), mesmo sem nada fazer, sem nada falar, desfrutando do silêncio, sentindo que a presença é essencialmente o que basta.
É interpretar cada palavra, toque, gesto e olhar da forma que convém ao amor, e não se sentir enganado por isso. Não se sentir errado, iludido ou desconcertado com o que crer ser verdadeiro. É fazer dos segundos uma oportunidade de aproveitar a felicidade, que sabemos ser passageira. Mas podendo ser estendida pelo encantamento e euforia da emoção.
É lembrar, distraidamente, de algo que viu e viveu com a pessoa eleita e deparar-se rindo e revivendo aquela mesma alegria. Antes comum. Agora inédita.
É lembrar-se das suas preferências, da sua forma de falar, de se portar perante os problemas, de sorrir, de olhar, de contestar, de amar... E achar significado para todos esses delineies, simplesmente porque é compensador o fato de tê-lo conhecido, mesmo que perto por pouco tempo.
É sentir saudade e fazer qualquer coisa para ter todas as suas lembranças de volta, um resgate em tempo real do que não se pode mais recuperar, muito menos viver.  Porque o último suspiro já não é presente, mas passado, já se perdeu nas incompreensíveis regras do tempo.
Sentir falta do amor [verdadeiro] é querer todas essas emoções novamente, como se nada nunca fosse mudar. Nada nunca pudesse passar, pelo simples engano de que a felicidade pode jazer.